quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Mad Max: A estrada da fúria



O filme de ação pós-apocalíptico se passa nos confins de nosso planeta, em uma paisagem desértica onde a humanidade está em colapso, e quase todos lutam loucamente pela sobrevivência.

Após ser capturado por uma comunidade, Max (Hardy) é usado como banco de sangue para soldados feridos. O líder local, Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne), usa o fato de ser o detentor de uma grande reserva de água para explorar toda sua população. Além de capturar pessoas para "doarem" sangue, ele tem doadoras de leite e até mulheres que existem para carregarem seus filhos. Quando uma de suas pessoas de confiança foge da comunidade, Joe vai atrás dela com todo seu exército.


Se me pedissem para definir Mad Max em apenas uma palavra eu diria, de cara, insano. Depois de uma breve explicação no início, é só ação até o fim. E sim, também me perguntei se seria possível esse filme dar certo sem Mel Gibson e a resposta vocês já sabem.
Ficou latente como o carisma de Gibson sempre foi o motor do personagem, Tom Hardy segue a receita desse tipo de papel monossilábico e introspectivo, mas ele não é Mel Gibson.

Longe de ambicionar uma cronologia ou um estudo de personagem, Miller elege o subgênero de western, da travessia do comboio, como mote para seu enredo. Quantos faroestes já não mostraram no passado carroças que transportam mulheres grávidas, entre famílias que são protegidas pelos homens solitários a cavalo, desde sempre as diligências trazem consigo uma noção de feminilidade.


Sob essa ótica, George Miller escolha Charlize Theron que interpreta  Imperatriz Furiosa,  a mulher que foge de Joe, com o objetivo de voltar para sua terra natal. Mas ela está longe de ser a mocinha indefesa, como o próprio nome já diz. Trata-se de uma personagem complexa e forte, que se sai bem no meio de toda a ação. Não há nada de sexo frágil. Ela é tão importante em cena quanto Max, o que já faz do filme algo especial.


Mad Max: A estrada da fúria é um sucesso de público e de crítica, e desde já, meu favorito ao Oscar. Com todo esse sucesso, Miller já está escalado para dirigir um quinto episódio da saga, "Mad Max: The Wasteland", ainda sem data de estreia. Vamos aguardar.

Um comentário:

  1. Com toda a produção e sua excelente crônica, prefiro a sequência dos anos 1980 com Mel Gibson e Tina Tunner.

    ResponderExcluir