Elenco: Lima Duarte, Samantha Caracante, Ana Rosa, Rosana Penna, Luiz Carlos de Moraes, Rui Rezende, Ana Lúcia Torre, Cláudia Mello, Arlete Montenegro, Rosana Penna, Ronaldo Oliva, Cesar Pezzuolli.
Direção: Paulo Figueiredo.
Gênero: Drama
Duração: 97 minutos
Distribuição: Paris Filmes
“E
a Vida Continua...” é uma obra baseada no best-seller espírita homônimo, de 1968,
do espírito André Luiz, psicografado por Chico Xavier. O filme conta a história
de Evelina (Amanda Acosta) uma jovem que é socorrida na estrada por Ernesto
(Luiz Baccelli) após problemas com seu carro. Os dois descobrem que estão
hospedados no mesmo hotel e se tornam amigos, só uma das inúmeras “coincidências”
que ocorrem durante o filme.
Confesso que criei certa expectativa sobre este filme, principalmente,
porque tenho inclinação a valorizar as produções nacionais que mesmo com inúmeras
dificuldades, como baixo orçamento e falta de apoio, conseguem levar à telona
suas obras. Mas a decepção acabou sendo proporcional à expectativa gerada.
Muitos longas nacionais de
baixo orçamento conseguem, com inteligência, disfarçar a falta de orçamento.
Mas “E a Vida Continua...” é um
filme mal realizado sob todos os aspectos e para o qual não há sobrevida. O
roteiro é de um amadorismo digno dos piores folhetins.
“E a Vida Continua...” é um panfleto espírita e só isso. Existe um proselitismo na fala dos personagens, comum nos filmes religiosos. Mas tratado de uma forma pouco profissional, o elenco, recheado de atores consagrados pela dramaturgia brasileira, não são explorados, em seu potencial, passando quase despercebidos.
No cinema pouco importa o que queira dizer, quão edificante seja
sua mensagem, se houver um desprezo pelo método, é o que ocorre com o filme. Sendo
assim, não há como não colocar o
filme, desde já, na lista dos piores do ano.