terça-feira, 18 de setembro de 2012

E a Vida Continua...



Elenco: Lima Duarte, Samantha Caracante, Ana Rosa, Rosana Penna, Luiz Carlos de Moraes, Rui Rezende, Ana Lúcia Torre, Cláudia Mello, Arlete Montenegro, Rosana Penna, Ronaldo Oliva, Cesar Pezzuolli.

Direção: Paulo Figueiredo.
 
Gênero: Drama
 
Duração: 97 minutos
 
Distribuição: Paris Filmes
 
 
 
 
 
 
“E a Vida Continua...” é uma obra baseada no best-seller espírita homônimo, de 1968, do espírito André Luiz, psicografado por Chico Xavier. O filme conta a história de Evelina (Amanda Acosta) uma jovem que é socorrida na estrada por Ernesto (Luiz Baccelli) após problemas com seu carro. Os dois descobrem que estão hospedados no mesmo hotel e se tornam amigos, só uma das inúmeras “coincidências” que ocorrem durante o filme.
Confesso que criei certa expectativa sobre este filme, principalmente, porque tenho inclinação a valorizar as produções nacionais que mesmo com inúmeras dificuldades, como baixo orçamento e falta de apoio, conseguem levar à telona suas obras. Mas a decepção acabou sendo proporcional à expectativa gerada.
 Muitos longas nacionais de baixo orçamento conseguem, com inteligência, disfarçar a falta de orçamento. Mas “E a Vida Continua...” é um filme mal realizado sob todos os aspectos e para o qual não há sobrevida. O roteiro é de um amadorismo digno dos piores folhetins.

 E a Vida Continua...” é um panfleto espírita e só isso. Existe um proselitismo na fala dos personagens, comum nos filmes religiosos. Mas tratado de uma forma pouco profissional, o elenco, recheado de atores consagrados pela dramaturgia brasileira, não são explorados, em seu potencial, passando quase despercebidos.
No cinema pouco importa o que queira dizer, quão edificante seja sua mensagem, se houver um desprezo pelo método, é o que ocorre com o filme. Sendo assim, não há como não colocar o filme, desde já, na lista dos piores do ano.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros


Elenco: Benjamin Walker, Mary Elizabeth Winstead, Dominic Cooper, Anthony Mackie, Rufus Sewell, Marton Csokas, Jimmi Simpson, Joseph Mawle, Robin McLeavy.
Direção: Timur Bekmanbetov
Gênero: Ação/Suspense
Duração: 105 minutos
Distribuidora: Fox Film


Ao ouvir o nome Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros talvez você se faça a mesma pergunta que eu me fiz, e a resposta é sim, se trata mesmo do famoso presidente norte americano, que aboliu a escravidão naquele país. Sim é trash, até mesmo surreal. Mas, vamos combinar que o filme parte do princípio de que um dos mais conhecidos presidentes dos Estados Unidos levava uma vida secreta como caçador de vampiros. O que mais você queria?

Tudo começa quando Nancy Lincoln (Robin McLeavy) mãe do presidente Abraham Lincoln (Benjamin Walker) é morta por um destes monstros. O jovem Lincoln parte para uma busca por vingança contra a criatura que matou sua mãe, Com um machado de prata, e habilidades em artes marciais impressionantes, mata todos os vampiros que encontra com a ajuda de um mentor, que o guia nos primeiros passos da sua jornada. E como pano de fundo, o contexto político, como narrado no livro homônimo, do escritor de romances de zumbis Seth Grahame-Smih.


Benjamin Walker, ator que vive o presidente, não chega a comprometer, mas se destacou apenas por se parecer com o ator Liam Neeson (A lista de Shindler, 1993). O restante do elenco também é pouco expressivo e os diálogos são previsíveis e recheados de clichês.

O roteiro de Seth Grahame-Smith fica como o destaque negativo, cheio de falhas, compromete todo o filme. Um exemplo claro é quando uma guerra entre vampiros e homens acontece, e só depois que vários humanos morrem o grande caçador se da conta de que somente com prata se pode exterminar estes seres não vivos. Vale ressaltar que essa foi uma das primeiras lições que Lincolnteve em seu treinamento.

Mas, com a direção Timur Bekmambetov (Wanted, 2008). e uma assinatura de Tim Burton (Sombras da Noite, 2012) a parte técnica é o ponto forte do filme. Com isso o destaque positivo fica por conta das tomadas das lutas de Abraham. Proporcionando bons movimentos marciais e com vários Slow Motions, esse é o melhor que o filme oferece.

O romance de Lincoln com Marry Todd, vivida por Mary Elizabeth Winstead(Scott Pilgrim Contra o Mundo, 2010). Não recebe a devida atenção. Não se explica, por exemplo, como ela se separou do namorado tão facilmente, e casado com o vendedor de um armazém.

No fim, depois de um começo aborrecido e um final confuso, o filme consegue aumentar a mítica em torno de Lincoln. E, só pra constar, não me importa quanto protetor solar eles usem, vampiros jamais devem sair por aí à luz do dia. Mas, pensando bem, poderia ser pior. Eles poderiam brilhar à luz do Sol.
 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Mercenários 2



Elenco: Sylvester Stallone, Jason Statham, Jean-Claude Van Damme, Bruce Willis, Arnold Schwarzenegger, Chuck Norris, Terry Crews, Jet Li, Randy Couture, Liam Hemsworth, Scott Adkins, Nan Yu.
Direção: Simon West.
Gênero:  Ação / Comédia.
Duração: 103 min.
Distribuidora: Imagem Filmes

 
A trama do filme OS MERCENÁRIOS 2 (2012) gira em torno de uma missão em que a equipe liderada por Barney Ross (Stallone), que deve US$ 5 milhões à Church (Bruce Willis), deve recuperar uma maleta contendo plutônio radiativo dos destroços de um avião derrubado na Albânia. O resgate culmina na morte do mais jovem integrante da equipe, Bill The Kid (Liam Hemsworth), pelas mãos de Villain (Van Damme), dando início a uma busca por vingança. Com toda força em cima do casting ficaria difícil imaginar que a história do longa pudesse ser atraente. Tudo bem estou falando por mim, mas não são poucos os que se decepcionaram com OS MERCENÁRIOS (2010) e que se decepcionarão também agora.

Neste segundo filme, Stallone deixou Simon West na direção, que tem entre seus trabalhos CON AIR - A ROTA DA FUGA (1997), LARA CROFT: TOMB RAIDER (2001) e o thriller QUANDO UM ESTRANHO CHAMA (2006). West é conhecido por ser um diretor desleixado e, desta vez não foi diferente, embora tenha obtido um resultado melhor, principalmente por causa de duas participações: Chuck Norris e Arnold Schwarzenegger.

 

Chuck Norris soube rir de si mesmo, e em todas as suas aparições, era possível perceber a empolgação da plateia ao meu redor simplesmente por estarmos vendo Norris na telona depois de tanto tempo.
Já o velho Schwarzenegger não consegue se desprender dos seus personagens cômicos, que tomaram os últimos anos de sua carreira, não sendo muito difícil vê-lo como um bobo em cena.
Quanto a Jean-Claude Van Damme, tudo bem que é muito bom tê-lo de novo no cinema – ultimamente ele só tem feito filmes direto para vídeo - mas seu papel como vilão não acrescentou muita coisa.



Seria de se imaginar que com este plantel o filme teria ação do início ao fim, e teve mesmo, você não consegue parar nem para respirar, com tanta gente morrendo ninguém precisaria mais se preocupar com a superpopulação do planeta, é sério devem ter morrido ali mais de mil figurantes. Mas até estas cenas ganharam um toque mais suave quase não se sente a violência, e a trilha sonora contribui para esta sensação. Já o clímax fica por conta do embate final entre Barney Ross e Vilain – Stallone x Van Damme.

Mas confesso que, como um fã do cinema de ação dos anos 80, foi difícil conter um sorriso ao ver tantas lendas juntas em um único longa metragem. Você pode até nunca ter visto Rocky – Um Lutador, mas conhece o personagem. O mesmo vale para O Exterminador do Futuro, e a clássica frase I’ll be back.